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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Um dia será a vez do povo!

“Infeliz é o lugar que precisa de heróis”
Eduardo Galeano
 
A cidade do Paulista tem uma história rica e contraditória. Um pólo de desenvolvimento da indústria têxtil no início do Século XX, que conheceu o refluxo da economia mundial no final da década de 1980. Fato que agravou ainda mais uma realidade, fruto da ofensiva das reformas neoliberais aplicada pelos governos que seguiam a ordem ideológica da Aliança para o Progresso, levando o município à decadência política, social e econômica.
A falsa dicotomia existente na política local trouxe à cidade um grande prejuízo, pois, a polarização entre àquelas alternativas pouco alterava o jogo do poder. A população assistia de forma passiva aos mandos e desmandos dessas gestões, que pouco ou nada contribuíam na elevação da condição de bem-estar social e econômico da cidade.
Esse descaso se fez notório quando partindo para uma mudança, a população do Paulista optou por uma candidatura que representava o poder industrial da cidade, dando assim uma sobrevida àquela aristocracia empresarial já falida. Esta renovação preservou a estrutura deste poder na esfera pública, promovendo assim uma renovação de fachada, e não de conteúdo.
         A carência política ainda ensejava a população, que avaliou a gestão apenas pela ótica administrativa em detrimento do caráter participativo do poder público. Mesmo julgando inicialmente positiva aquela gestão (visão desfeita apenas com as denúncias de corrupção e o afastamento do Prefeito) o índice de rejeição aumentava gradativamente.
Esta instabilidade deixava vago o posto de força política hegemônica e mexia enfim com o imaginário popular trazendo elementos “de classe” para a disputa eleitoral. No entanto, a influência do passado recente contribuiu para o povo sucumbir ao eufemismo dos slogans do populismo moderno na preservação das práticas conservadoras.  O que resultou numa mistificação da melhoria das condições através da política de pão e circo importados do município de Igarassu.
         Observamos a partir daí as promessas seguidas de decepções, pois os “avanços” mistificados com o slogan Agora é a vez do Povo não passou de peça de marketing. A encenação democrática e popular revelou a força personalista e centralizadora de um Prefeito que não governa para o município, mas para a sua força migratória que flutua na sua Nau administrativa para o município que ele navegar.
         Em 2008, reeleito em uma das eleições mais disputadas da historia do município, contra os seus rivais anteriores, Yves Ribeiro venceu de forma apertada. Obteve uma vitoria eleitoral, porém, politicamente já estava derrotado dentro da cidade que sofre com o reflexo do total abandono de sua gestão.
         Nos quatro cantos da cidade o descaso é vergonhoso. A falta de saneamento básico e de uma política de habitação popular; o desajuste na manutenção das principais vias da cidade, os constantes desmandos na Secretária de Saúde e o desmonte na rede pública de ensino são alguns exemplos que podemos relatar sobre essa gestão que tem como marca registrada a falta de transparência.
         Nas duas gestões de Yves Ribeiro, a administração da Prefeitura do Paulista transformou-se num imenso balcão de negócios, onde vereadores da situação e oposição capitularam num pacto corporativo e venal. Onde lideranças trocaram suas representatividades por cargos comissionados. Onde a propaganda oficial se equilibra entre o discurso demagógico e a realidade decadente.
         Mas, nos próximos meses, o abandono de nossa cidade dará lugar aos “canteiros de obras” que visam ludibriar a consciência da população. Tentando perpetuar na administração do município àqueles que, no parlamento, cumprem apenas a função de legislar (em causa própria), negligenciando a representação social, que é a essência do Estado Democrático de Direito, onde o povo é o titular.    
Esse modelo necessita continuar capturando as vozes dos descontentes tão essenciais no jogo democrático. Tudo em nome de uma governabilidade que poderia ser ao lado do povo, como diz o slogan, mas preferem ignorar que a importância da população é para além do voto.  Criaram um rito de silêncio capaz de ferir não apenas a liberdade de expressão e os cofres públicos mas a dignidade e a esperança do povo.  
         O Partido Comunista Brasileiro – PCB acredita e luta por uma elevação na compreensão política da população. Sabemos que não será o descaso com a política que mudará para melhor a representação dos interesses sociais na esfera pública. Aliás, se não elevarmos nossa consciência e disposição de luta nesse período favorável da economia, contribuiremos para perpetuar este sistema de concentração de riquezas num estágio de omissão e fragmentação das lutas.
Por fim, num tempo em que encontramos apenas referências populares em frases de efeito dos slogans oficiais, que constatamos que a renovação de 78% na Câmara de Vereadores nas últimas eleições foi apenas superficial e produz a mesma indignação na sociedade... Concluímos que precisamos PENSAR PAULISTA DIFERENTE. Precisamos enfrentar nossos problemas e fazer parte da resolução criando as bases do PODER POPULAR. Só assim daremos um passo decisivo para edificação de uma nova sociedade, a sociedade socialista. Avante.
 
PCB - Partido Comunista Brasileiro
Paulista – PE
Rua Garanhuns, 226 B, Arthur Lundgren I
pcbpaulista@hotmail.com

 
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Um Forte Abraço
Luciano Morais

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