
de Olinda em 04 de setembro de 1935, “o antigo Engenho do Paulista Manoel Navarro” (cantado no Hino de Joel Andrade), um Bandeirante que veio destruir o Quilombo dos Palmares, já não é mais aquela pequena Vila Operária da CTP (Companhia de Tecidos Paulista), detentora do maior parque têxtil da américa do sul com quase 20.000 trabalhadores, onde o movimento operário lutava por seus direitos contra a opressão da família Lundgren. O Jardim do Coronel já não mais funciona como um Zoológico onde as famílias brincavam aos domingos, e a Casa Grande (atualmente tombada pelo patrimônio estadual e onde o Movimento Pró-Museu quer transformar num Memorial) não serve mais de residência dos “coronéis”. Encravada entre duas cidades históricas (Olinda e Igarassu), Paulista transita entre sua História colonial, através da luta do Pe. João Ribeiro na Revolução Pernambucana e as greves operárias do período têxtil. Recentemente uma polêmica reacendeu a suposta participação dos Lundgren nas reuniões do Partido Nazista em Pernambuco, o que foi de pronto, rechaçada pelos familiares. A memória coletiva das pessoas ainda tem uma imagem patriarcal dos Lundgren, considerados por muitos como generosos e acolhedores. As Casas Pernambucanas (Lojas Paulista aqui no estado) que já foi a maior rede varejista do Brasil, não possui lojas em nosso estado e as antiigas fábricas da CTP vão dando lugar a projetos da especulação imobiliária (Shopping, Condomínios, etc). O sucateamento e a crise do setor têxtil nos anos 90 deu lugar para novos arranjos produtivos locais, como o comércio, serviços, o turismo e o mercado imobiliário, atraindo investimentos nas áreas do ensino superior, saúde e novos segmentos industriais. Apesar de ter o melhor nível de escolaridade e o melhor IDH
*Historiador, Mestre em Gestão Pública, é Coordenador do Movimento Pró-Museu.
Professor (História e Administração), Coordena o curso de História da Faintvisa.

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