e depara, quase que diariamente, com homens trabalhando na rodovia, na recuperação do piso. Além de causar transtornos aos motoristas, haja vista que a obra é realizada nos horários de pico, pela manhã ou à tarde, o trabalho mostra um evidente desperdício de dinheiro público. Os reparos não duram uma semana e já estão com os mesmos buracos à mostra. Quando chove, então, bastam três dias para o problema retornar.
Uma das razões para a pouca eficácia do serviço se deve à utilização de asfalto à frio, que não fixa corretamente no piso e não resiste a veículos pesados, como caminhões. O ideal é que fosse utilizado asfalto usinado quente, que adere melhor ao pavimento da rodovia. A reportagem do Grande Recife entrou em contato com a empresa J & F Construções e Comércio Ltda., que foi contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para fazer o serviço de manutenção do piso da BR-101. De acordo com o seu representante, Inaro Fontana, o contrato prevê apenas a conservação da via, não a sua restauração. “Trata-se de uma rodovia com mais de 30 anos de uso, cujas placas já começam a trincar. Outro fator negativo é o peso dos caminhões, que está sempre acima do recomendado”, justificou-se.
O que se pode concluir é que a “conservação” vai se estender por tempo indeterminado e o dinheiro do contribuinte continuará a ser gasto sem medida.
Jornal do Grande Recife
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