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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aprovação para 15 vagas no legislativo em Paulista provoca revolta



Na manhã da última quinta-feira (02/02), a Câmara de Vereadores de Paulista, votou o numero mínimo referente ao aumento de vagas para vereadores da cidade. Lembrando que não alteraria em nada sobre os valores repassados para câmara (cofres públicos). A expectativa era grande para que fosse aprovado o numero máximo os 23, mas oito vereadores (Marcos Brecha, Evanil Belém, Edmilson do Pagode, Valmir do Nobre, Fabio Barros, Denis do PT, Babu e Junior da Locadora) que foram à maioria, votaram contra.



Segundo o pré-candidato a prefeito pelo PTC Felipe do Veneza, os oito vereadores foram egoístas com a sociedade. “O grande desejo da maioria dos pré-candidatos a vereadores e da sociedade em geral era que fosse votada as 23 vagas, o número máximo, mas os vereadores foram covardes com a sociedade pensando só neles mesmo”. Diversos partidos fizeram reuniões, juntaram-se com outros partidos se unindo para tentar pressionar o legislativo, mas não teve jeito. “Éramos a favor do aumento. Acredito que o aumento representa a possibilidade de uma maior representação na câmara de vereadores. O grande problema do debate na verdade está na questão financeira. O negro, as mulheres, os líderes comunitários, os líderes estudantis, perderam o seu espaço a partir da redução que houve. A discussão deve partir pelo lado da representatividade e não econômica, até porque os valores orçamentários das câmaras de vereadores são constitucionais. É minha opinião, respeito qualquer outro pensamento”. Concluiu Felipe.

O povo é o dono da casa e do dinheiro público, nesta lógica, os servidores públicos são empregados do povo. Quando o poder público decide contra o povo, o que está acontecendo é que os empregados tomam as rédeas das mãos do patrão e dividem entre si o dinheiro da empresa. Alguém acha que isto vai dar certo? Quando uma cidade inteira se dispõe a debater determinado assunto, como o aumento do número de vereadores, por exemplo, é preciso prestar muita atenção ao que está acontecendo, especialmente quando a maioria das opiniões se concentra em determinado polo e traça uma tendência bem nítida.

A defesa da igualdade e da liberdade, como alicerces da democracia e da plena cidadania, cria e mantém a consciência coletiva do cidadão, e o transforma em peça viva na concretização da soberania popular. Esse exercício exige participação consciente e vigilância contínuas por parte da sociedade. A sociedade não pode desfazer-se por completo de sua vontade, entregando-a a representantes para que apenas eles decidam o que pode e deve fazer, com o objetivo de resguardar sua liberdade, é entregar a seus representantes somente o poder de executar essa vontade, nada mais. É o que fazemos a cada eleição: não entregamos nossa vontade, simplesmente, conferimos a alguém o poder de executá-la. É nessa entrega a alguém (pelo voto) do poder de execução da vontade geral que, muitas vezes, o povo é traído por seus representantes, e é por isto que se faz necessária a vigilância contínua e cuidadosa sobre aqueles em quem depositamos a confiança do nosso voto, para evitar que sua ação se desvie e passe a privilegiar interesses particulares ou partidários, ameaçando e destruindo os valores republicanos.

Decidir contra a vontade geral é trair os interesses do povo, é atentar contra sua sagrada soberania. Elegemos nossos vereadores para que nos representem, para que sejam porta-vozes da vontade geral e, se por vezes apareça alguém, que o povo não está em condições de expressar claramente sua vontade, isto não significa que esta vontade possa ser traída, desprezada ou vilipendiada. A traição da vontade popular separa governo e cidadãos, e leva ao quadro de dissolução política da sociedade que assistimos hoje, leva ao descrédito, à ilegitimidade e à falta de representatividade.

A sociedade de Paulista disse: “Precisamos de mais vereadores sim”. É essa a vontade, é geral! “Existem apenas dois motivos para que os nossos vereadores não aprovem o aumento do número de cadeiras na Câmara Municipal, querem continuar no poder com uma representação diminuta ferindo a proporcionalidade eleitoral e querem manter os recursos repassados do Executivo para o Legislativo sob o controle de poucos. O aumento do número de cadeiras na Câmara Municipal de Paulista permitiria ao povo ter mais voz, com mais representatividade e seja mais participativo. Isto é oferecer mais dignidade ao eleitor, como cidadão e como contribuinte!” comentou o Advogado Souza.

Redação do Informe-PE, Reportagem: Paulo Fernando 

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